Luiz-Olyntho Telles da Silva
Psicanalista |
|
Comentário à
crônica
TRANSITORIEDADE de Luiz-Olyntho Telles
da Silva
julho / 2013
Uma crônica que diga da vida é sempre interessante. Quando aponta uma meta, precisamos ler com cuidado. Nesta, o autor começa dizendo da anterioridade de sua preocupação com a transitoriedade proporcionada pela morte. Ao falar da sua apreensão, diz da de todos nós, em tempos de paz e em tempos de guerra; períodos alternantes, aliás, vividos por todos, em qualquer época! Quando a arte retoma temas difíceis como esse, é sua característica propiciar desdobramentos e a percepção desses detalhes que só vemos bem quando protegidos pela distância do fato (isso que Freud, naqueles dias, não tinha como ter). Surge então a proposição central apoiada no aforismo hipocrático: se a vida é curta, temos de aproveitá-la fazendo algo artístico, quer dizer, algo que sirva aos outros e fique para sempre. O contraponto entre os padres voadores é uma alegoria entre o falso e o autêntico, entre o que desvaloriza a história (lugar comum nos dias de hoje) e o que considera e valoriza sua antecedência. É desse valor, propõe o autor, que poderá advir um dia nossa capacidade de confiar no homem, com a pureza de um menino confiando noutro menino. Arthur P. De La Mea é psicanalista. |
Marília Bianchini: Elogio da transitoriedade Fortuna Crítica: - Dulcinea Santos - Sidnei Schneider CRÔNICAS DO AUTOR: 11.03.2013: Amor sem fim @ 05.03.2013: O engano de Calvero @ 06.02.2013: Garrafas ao mar @ 27.11.2012: O belo gesto do maestro @ 03.08.2012: A Messias @ 26.07.2012: Maria e Herodes @ 23.12.2011: Ler é uma grande aventura @ 05.12.2011: Iluminura turca @ 12.08.2011: O rapto de Lucrecia @ 13.06.2011: Shirin Ebadi e o exílio @ 1º.06.2011: Música, Maestro! @ 25.03.2011: Almas à venda @ 31.07.2010: Corra como um coelho @ 28.05.2010: Um tablao flamenco @ 15.03.2010: Os vizinhos @ 15.01.2010: Tsuru @ 31.12.2009: Pombo de papel @ 30.12.2009: A quebra-nozes @ |