Luiz-Olyntho
Telles da Silva Psicanalista |
|
ARMINDO
TREVISAN: Caro Luiz-Olyntho Telles da Silva: Acabo de ler teu livro Anotações em Shakespeare. Só tenho uma palavra, que não é um adjetivo mas um substantivo, para qualificá-lo: uma jóia! Teu livro é conciso (para ser mais preciso); bem desenvolvido (para ser mais apreciado); pode e deve ser considerado voluptuoso, dado que nenhum de seus breves ensaios decepciona o leitor, antes, cada um deles é um pequeno feixe de encantos! Tua erudição impregna teu texto, porém não exibe, em nenhum momento, sua nudez. Preferes semi-escondê-la, para ser mais atraente. Sem exagero, para mim, que nunca consegui valorizar Shakespeare como Gênio, que ele é, por nada saber da língua inglesa, foi-me extremamente útil. Seria irrazoávell duvidar das leituras de tantos homens ilustres, e, no meu caso, seria pretensão desconhecer a opinião de amigos meus, a começar por ti, e por todos os que adoram o Bardo! Teu livro aproximou-me, como que tomado pela mão, do resplendor de Shakespeare, eclipsando-me o suficiente para que eu pudesse chegar à agradável suspeita de sua verdadeira grandeza. Caro amigo, se puderes escrever outro livro, tão denso e delicioso como o que escreveste, sobre outra grande personalidade (ouso imaginá-la: Freud), escreve-! É tua obrigação de Psicanalista e escritor.. Perdoa-me dizer-lhe que tenho dúvidas de que consigas igualar “Anotações em Shakespeare” ! Armindo Trevisan. Porto
Alegre, 20 de maio de 2023.
|