Luiz-Olyntho Telles da Silva  Psicanalista



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ARMINDO TREVISAN:

Querido Mestre e Amigo Luiz Olintho:

Agradeço-lhe – e muito - o e-mail que acaba de me enviar.

O e-mail me dá oportunidade de comentar os outros livros seus,  que teve a cortesia de me oferecer.

O livro Origens da Escrita interessou-me quase tanto como o Anotações. Este, dado meu interesse maior em conhecer Shakespeare, preencheu mais intima e profundamente minhas expectativas.Do ponto de vista de seu conteúdo e forma, tanto o primeiro como Anotações estão no mesmo patamar de realização literária. Continuo, todavia, tão encantado pelo livro sobre Shakespeare que não desejo sequer compará-lo com os demais. É uma pequena obra-prima! Com um mérito: ajudará qualquer leitor a conhecer  com mais amplitude e finesse o grande Bardo.

É lógico: tive maiores dificuldades para assimilá-lo – refiro-me a Origens da Escrita -  que aos outros. Por exemplo, um texto extraordinário por sua agudeza e humor, como o  A formação do analista na escola foi para mim uma espécie de exercício de alpinismo intelectual! Não tenho conhecimentos psicanalíticos sólidos. Apercebi-me, porém, de quanto eu teria fruído esse ensaio, se eu tivesse maior bagagem na área!. Li todos os capítulos de “Origens”: não há um único texto aí que não seja relevante. Só me resta dar-lhe – como diz o conhecido lugar-comum -: “efusivos parabéns”! O livro, a rigor, merece mais do que isso! Ele me demonstrou que seu autor possui um estilo de prosa admirável, ou então – se me permitir – condizente com o meu gosto.

Quanto ao livro Que faremos amanhã, confesso-lhe que o li à maneira contemporânea: com desprezível celeridade, inclusive, para seu escândalo. Não me vexo de dizer-lhe que saltei alguns trechos...O estilo é o mesmo dos outros livros, sempre fluente, anti-prolixo, deliciosamente rítmico.Como, porém, “o Contemporâneo” deixou-me, em parte, de me interessar, dado que a maioria de seus autores (possivelmente, também eu!! ) vão com excessiva sede ao pote, não lhe dei a devida atenção e importância.
Não me ufano disso, nem me constranjo de expor-lhe limitações de leitor tão discutíveis num assim dito intelectual gaúcho! Em seu livro textos apreciei, em especial, os comentários sobre José Eduardo Degrazia, entre outros.

Obrigado pela oportunidade que me deu, com  seu Projeto “A Formação Cultural”, na Livraria Martins, de completar minha autobiografia literária, delineada por ocasião de meus 80 anos. Creio que agora a autobiografia ficou razoavelmente completa. Faltaria acrescentar-lhe a fase conclusiva, que estou  vivendo. Recomendo-lhe, por isso, atenção e carinho em relação à Antologia Poética – a ser lançada em breve - uma Antologia de minhas Antologias (1986, 200;, com inclusão de “Adega Imaginária, e 115 poemas inéditos da Pós-Pandemia).

 Arrisco-me a dizer-lhe que essa fase, no tocanter à minha produção literária, é importantíssima!

            Grande abraço, com votos a si e à sua esposa, bem como a seus familiares, de saúde e bem-estar, e também de permanente criastividade.

            Armindo Trevisan.

Porto Alegre, 22 de maio de 2023.