JACQUES LACAN 
 
LÓGICA DO FANTASMA 
1966 – 1967 
 
COLEÇÃO 
O SEMINÁRIO 
LIVRO 14 
 
 
Estabelecimento 
Isagoge e Notas 
de 
Luiz-Olyntho Telles da Silva 
 
Para uso interno do 
RECORTE DE PSICANÁLISE

 

21 de dezembro de 1966 
 
 
* 5 *
 
 

          Penso ter dado na última vez a prova de que eu pude suportar bem os pequenos testes, a lâmpada que se acende e se apaga; antes, nas histórias de bicho-papão[58] explicávamos porque a gente levava as pessoas a uma certa autocrítica. Vocês constataram que não são estes os inconvenientes capazes de desviar meu discurso. 
          É porque eu espero que vocês não pensem em referir a nenhum vão prurido pessoal, que eu hoje não farei o seminário que lhes tinha preparado. Eu me desculpo aos que vieram por isto, mas ninguém perderá nada pois vocês têm estes pequenos exemplares que lhes presenteei a cada um. 
          Chegamos ao momento em que vou formular sobre o inconsciente as fórmulas que considero como decisivas. Fórmulas lógicas nas quais vocês viram na última vez aparecer sobre o quadro-negro, o escrevi sob a fórmula “ou não penso ou não sou”[59], com a reserva de que este “ou” não é nem um vel, aí o da reunião, um e outro, ou todos os dois, nenhum outro, ao menos 1, mas não mais, é preciso escolher. Isto não é nem o um nem o outro, e esta não será a ocasião de introduzir, eu o espero, de um modo que será recebido no cálculo lógico, uma outra função, aquela que poderíamos chamar por um termo novo, ainda que haja um do qual eu me servi e que poderia ter outras aplicações que podem fazer ambigüidade; não importa, eu farei a aproximação, não se trata de outra coisa do que aquilo que lhes indiquei sob o termo de alienação. Que importa, chamemos a esta operação W (ômega), e na tábua da verdade corresponde a isto: que as proposições sobre as quais ela opera, se as duas são verdadeiras, o resultado da operação é falso. Vocês consultarão as tábuas de verdade que têm à mão e verão que as que estão em uso, conjunção, disjunção, a implicação não preenchem esta condição. Quando eu digo que a conjunção do verdadeiro ao verdadeiro dá por esta operação o falso, eu quero dizer que toda outra conjunção aí é verdadeira, a do falso ao falso, ou a do verdadeiro ao falso. 
          A relação disto com o que é da natureza do inconsciente é o que eu espero poder articular para vocês em 11 de janeiro, para quando lhes convido. 
          Vocês pensam que se eu não o faço hoje – eu penso que vocês confiam em mim – é porque minha formulação não está pronta nem para o que eu poderia hoje limitá-la. 
          Com efeito, trata-se de um certo temor em avançar diante de vocês com o rigor que isto requer, justamente em um dia em que estou um tanto embaraçado: é que eu passei as últimas horas a me interrogar sobre uma coisa que não é nada menos que a oportunidade ou não da continuação disto em que nós estamos todos juntos neste instante e que se chama  “meu seminário”. Se eu me coloco esta questão, é que ela quer ser colocada, um pequeno volume ao que vos remeti, que me parece dever chamar vossa atenção antes de que eu aporte uma fórmula lógica que permita de alguma maneira assegurar de modo firme e certo o que há na reação do sujeito tomado nesta realidade do inconsciente; não é em vão que este volume vos testemunhe o que são as dificuldades desta jornada para aqueles os quais é a praxis e função de aí ser[60]. Pode ser que seja falso comparar a relação que deste “aí ser” a um certo “aí não ser não”[61]. 
          Este volume lhes testemunhará o que foi um encontro em torno deste tema do inconsciente[62]: aí participaram e aí tiveram um orelha eminente dois de meus mais caros alunos[63]; entre outros estava lá até o marxista do C.N.R.S. Nós reconheceremos aí isto a que Freud faz alusão em um ponto das cinco grandes psicanálises[64], isto lhes permitirá folhá-las um pouco, isto que Freud e a polícia a uma só voz chamam: o presente do cartão de visitas. Se acontece de seu apartamento ser um dia “visitado” em sua ausência, vocês poderão constatar possivelmente que o rasto que pode deixar o visitante é uma merdinha. 
          Nós estamos aí sobre o plano do objeto a: nenhuma surpresa de que estas coisas se produzam na relação com os sujeitos que vocês encurralam através de seus discursos sobre as vias do inconsciente. Na verdade, há grandes e fortes escusas à carência que demonstram os psicanalistas de hoje em se manter à altura teórica exigida por sua praxis. Para eles a função das resistências é algo no qual vocês poderão ver que as fórmulas, das quais também quero estar seguro de mim, o importante é o dia em que tratarei de dar-lhes em seu essencial e de sua reinstância, vocês verão que a necessidade que se agrega à resistência é que ela não sabe se limitar aos não psicanalisados. 
          O tema da relação não do pensar e do não ser, que eu me esforçarei para dar-lhes, não me creiam sobre as vertentes da mística, senão do “eu penso” e do “eu não sou”, e que permitirão pela primeira vez e de uma maneira sensível marcar não somente a diferença, [mas também] o não recobrimento do que se chama resistência e o que se chama de antemão, e mesmo de aí marcar de modo essencial ainda que inédito, o que há aí de proibido, que é propriamente o que cerne, o que preserva exatamente o “eu não sou”. É falta de saber que tudo está deslocado, em desacordo[65] na visão onde cada fantasma pode ser nisto parte da[66] realidade do inconsciente. 
          Este algo que nos falta e que o faz parecer escabroso, isto ao que nós somos afrontados não importa por qual contingência, a saber esta nova conjunção do Ser e do Saber, esta abordagem distinta do termo da verdade que faz a descoberta de Freud alguma coisa que não é de nenhum modo irredutível nem criticável por meio de uma redução a qualquer ideologia que seja. Se o tempo me permite, eu o tomarei para indicar-lhes que não perderão nada reabrindo Descartes de início (se eu lhes anuncio isto não é pela vaidade de agitar algum europel destinado a fasciná-los) pois que ele é mesmo o pivô ao redor do qual eu farei girar este retorno necessário às origens do sujeito, graças ao que podemos retomá-lo em termos de sujeito. Por quê? Porque é precisamente nestes termos que Freud articula seu aforismo essencial ao qual aprendi a voltar, não somente eu mesmo, mas também aos que me escutam. Wo Es war, soll Ich werden. O Ich nesta fórmula, na data em que foi articulado nas Novas Conferências[67], não saberia de nenhum modo ser tomado pela função: o Ich, tal como está articulado na Segunda tópica, como eu o escrevi: “Lá onde isso era, lá eu devo advir”[68], e eu ajuntei, “como sujeito”, mas é um pleonasmo. 
          Eu apanhei diante de vocês o sentido do cogito para colocar em torno ao “Eu sou”. Do mesmo modo no aforismo de Freud, nós não podemos encontrar fórmula mais digna que a que ele havia sonhado, aqui foi descoberto o segredo do sonho: o Wo Es war, aí onde isso estava, aí deve advir o Ich, se vocês o gravam, não deixem de fazer saltar a virgula, quer dizer, no lugar onde Freud coloca esta fórmula, o de que se trata nesta indicação não é a esperança que de repente os seres humanos se expressem em uma linguagem de vermes, o eu [moi] deve desenvolver o isso! Freud indica aí nada menos que esta revolução do pensamento que sua obra necessita. 
          Está claro que há aí um desafio, perigoso para qualquer um que avança, como é o meu caso, para sustê-lo em seu lugar. Um certo Abelardo[69] disse um dia estes termos: “a lógica me fez desejoso do mundo”, e é sobre este terreno que eu entendo levar os termos decisivos que não permitam mais confundir isto de que se trata quando se trata do inconsciente. Veremos ou não se alguém pode articular. Aí eu caio fora. 
          Para apanhar o que há do inconsciente, eu quero marcar, para que vocês possam aí preparar seu espírito, por algum exercício, o que nos está aí interdito é exatamente esta espécie de movimento do pensamento que é propriamente este do cogito que, entanto que a análise necessita de Eros, não exige de nenhum modo a presença de qualquer imbecil. Descartes publica seu cogito, ele o articula, este movimento do Discurso do Método se desenvolve no escrito, ele se dirige a alguém e o leva pelos caminhos de uma articulação sempre mais prudente, depois, de repente, alguma coisa acontece que consiste em decalar[70] destes caminhos traçados para fazer surgir para nós outra coisa que é o “eu sou”. Há aí esta espécie de movimento que busco qualificar para vocês do modo mais preciso e que é este que não encontramos senão algumas vezes no curso da história; eu poderia designar para vocês mesmo no sétimo livro de Euclides na demonstração, é da mesma ordem. Qualquer que seja a fórmula que vocês poderiam, se isso se encontrasse, dar da gênese dos número primeiros, seria preciso que ninguém tivesse encontrado ainda esta fórmula. Mas se a encontrassem teriam aí a prova de que há outras que esta fórmula não pode dar. 
          Este nó onde se marca o ponto essencial do que há de uma certa relação que é a do sujeito pensante, se eu tocasse no último ano da aposta pascaliana, é nos mesmo moldes[71], se vocês se referem a isto que aparece nas matemáticas modernas, isto que se chama de apreensão diagonal, dito de outro modo o que permite a Cantor instaurar uma diferença entre os infinitos; vocês tem sempre os mesmos movimentos. Vocês poderão arranjar o opúsculo de Santo Anselmo onde lerão o capítulo II pare recorrer novamente, à titulo de exercício, o que há disto que a imbecilidade universitária fez cair no descrédito sob o nome de argumento ontológico[72]. Vocês acreditam que Santo Anselmo não sabia que o pensar e o mais perfeito exercício que existe? Pois ele o sabia muito bem. 
          É à entrada desta démarche que eu busco lhes designar em que consiste conduzir o adversário por um caminho e que seja de seu brusco desligamento que surge uma dimensão até então desapercebida. Tal é o erro da relação à esta dimensão do inconsciente, este movimento impossível, tudo está permitido ao inconsciente, salvo articular “logo sou”. 
          É o que necessita outras abordagens, abordagens lógicas que tratarei de traçar para vocês: é o que rejeita a seu nada e à sua futilidade tudo o que foi articulado nos termos pegajosos da psicologia em torno da auto-análise. A dificuldade que eu pude ter em reanimar em um campo cuja função se afirma e se cristaliza justamente por dificuldades noéticas, o que inclui toda a abordagem teórica do inconsciente, ponto demasiado compreensível que não exclui neste meio senão que a junção se faça sobre o plano da técnica e da interrogação precisa, justamente, v.g., para poder exigir que aí se encontre o termo no qual se justifica a psicanálise didática. A questão para mim pode se colocar em termos da conseqüências de um discurso, suas circunstâncias, mesmo seu projeto[73], para mim trata-se de usar de rodeios, aqueles que me impõem estas circunstâncias, trata-se de abrir este discurso sobre Freud a um público maior. 
          O galante homem cuja assinatura está sob o que eu chamei o presente, “a liberdade de tolerar que o fórum não se degrade em circo”[74], se o presente me é precioso, a verdade surge também da incontinência; e seria eu mesmo que, precisamente, neste volume substituiria o circo pelo fórum[75]. Se eu tivesse êxito de verdade, Deus me abençoaria. Neste pequeno artigo sobre o inconsciente, eu tive com efeito o sentimento de que me exercitava em alguma coisa ao mesmo tempo rigorosa e que rompia os limites, senão aqueles do teto do circo, pelo menos os da acrobacia, e por que não os da palhaçada, se querem, para substituir algo que não tem com efeito nenhuma relação com o que eu pude dizer neste fórum de Bonneval que como todo fórum é uma feira. 
          Quando eu falo do cógito, é de alguma coisa com a forma de um circo, ou próximo a isto, que não se fecha, que tem esta rede que faz passar este “eu penso” ao “eu sou” e que deu um passo essencial na revolução do sujeito, o de Cantor; já se o injuriou o suficiente para que termine sua vida em um asilo, mas tranqüilizem-se, não é o meu caso, eu sou menos sensível às articulações de colegas ou de outros. A questão que eu coloco, é a de saber se eu articulo, em uma dimensão veiculada pela venda assaz estupefaciente destes Escritos; se eu articulo pois este discurso, será necessário ou não que eu me ocupe de vê-lo, [pois] não se pode contar sobre estes cujo ofício é o de se fazer valer por enganchar algo no discurso de Lacan, ou de alguns outros, para marcar sua originalidade. 
          Entre Bonneval e aqui eu vivi uma feira onde tenho sido a besta. Isso não me incomoda porque estas operações não me concernem em meu discurso; isto não impediria as pessoas de vir e de esgravatar em meu seminário aquilo que lhes serviria. O que virá agora para a feira serão outras coisas que têm coexistido, como antes da aparição de meus Escritos, para me demonstrar que eu não sei ler Freud. Depois de 30 anos que eu não faço senão isso, que é preciso fazer? Responder? Fazer responder? 
          Eu tenho coisa mais importante a fazer do que seguir o ponto onde estas coisas podem dar seus frutos, qual seja aqueles que me seguem na praxis. 
          Qualquer que seja, esta questão não me deixa indiferente, é mesmo por isso que eu a coloco com a maior acuidade; eu devo dizer que só uma coisa me impede de dizer claramente de modo que vocês possam ver como aqui ela se desenha, e isto não por vossas qualidades, ainda que eu não esteja longe de me sentir honrado por ter entre meus auditores algumas das pessoas melhor formadas e daquelas para as quais não é vão propor-me a seu julgamento; isto por si só seria suficiente para ser transmitido pela via do escrito. 
          É claro que nas universidades, como nas universidades francesas, a 100 anos que se é kantiano. Os responsáveis têm colocado diante deles massas de estudantes; eles acharam jeito de fazer sair uma edição completa de Kant, talvez se isso me agrada continuarei meu discurso, não é vossa qualidade mas vosso número que me toca. É porque este ano eu renunciei ao fechamento de meu seminário, é por causa deste número, deste algo de incrível que faz com que as pessoas, uma boa parte dos que estão aqui, que eu saúdo, uma vez que eles estão aqui para me provar que há alguma coisa no que eu digo que responde, para estes que vêm me escutar, melhor que o discurso de seus professores, no que concerne ao que lhes interessa pois que isso faz parte de seu programa, e eles vêm escutar a mim que não faço parte! Deve haver aí algo que eles se sentem interessados. É por aí, certamente, que eu quero me justificar se para continuar este discurso que, como durante os 15 anos que durou, é um discurso onde certamente tudo não está dado de entrada; o que eu construi em partes inteiras fia disperso nas memórias que não farão senão aquilo que elas quiserem. Há portanto partes que mereceriam mais ou melhor. Eu farei referência ao chiste na fórmula da operação W [ômega]; durante três meses eu falei do chiste. 
          Eu lhes convido a procurar “O chiste” e a adentrá-lo. (Chegou a minha vez de tomar férias). Estas primeiras coisas de meus seminários passados das quais tratarei de lhes dar um equivalente. Não é sempre festa, não para mim. A última vez que fiz alusão a uma festa foi em um pequeno escrito. Não tão pequeno já que tenho ao que resta em estado de discurso que eu pronunciei diante de um público médico bastante grande; a acolhida deste discurso foi uma das experiências de vinha vida, eu não a renovarei. Eu conheço de antemão o resultado. Eu devo lhes dizer que não pude resistir a aí efetuar uma modificação que não tem nada a ver na verdade com o discurso. Esta alusão à festa do Banquete, se foi uma alusão, o público a reconhecerá melhor no boletim de minha pequena escola do que no Colégio de Medicina onde será em algum lugar publicado. 
          Alusão à festa do Banquete: trata-se daquela que vem, como mendiga, extraviada; os dois personagens alegóricos, Poros e Penia. Entre o Poros da psicanálise e a Penia universitária eu me pergunto até onde posso deixar ir a obscenidade qualquer que seja a parada em jogo, a coisa requer que se a veja por duas vezes. Eu quero dizer mesmo se a aposta é o que o outro chama tão comicamente: o Eros filosófico. 
          Boas Festas!

 
Notas:

58. No texto francês aparece croque-mitaines, personagem imaginário que se evoca para assustar as crianças.
59.  “ou je ne pense pas ou je ne suis pas”.
60.  d'y être.
61.  Peut être est-ce faux de mesurer le rapport qu’il y a de cet “y être” à un certain “n’y être pas”. Lacan muda aqui as regras da gramática francesa que exige a proximidade das duas negações quando o verbo está no infinito.
62.  A referência parece ser às Atas do VIº Colóquio de Bonneval (o qual teve lugar em 1960), publicado em 1966 sob a direção de Enri Ey, pela Ed. Desclé de Brouwer, em Paris.
63.  Creio que aqui a referência é às participações de Serge Leclaire e de François Perrier.
64.   Na França, os cinco clássicos casos de Freud (Dora, Joãozinho, O Homem dos Ratos, Schreber e O Homem dos Lobos) foram editados em um único volume intitulado Cinq psychanalyses, pela P.U.F., em tradução da Princesa Marie Bonaparte e de R. Loewenstein, no ano de 1954.
65.  No texto francês aparece décalé, que tem a ver com décalage que denota uma falta de correspondência entre duas coisas, entre dois fatos.
66.  O texto francês usa aqui uma expressão do artigo partitivo, “de la”, inexistente no português; o que me levou a incluir a palavra “parte” na frase.
67.  Referência a penúltima frase da Conferência XXXI.
68.  Là ou’c’était, là dois-je devenir.
69.  Pedro Abelardo (Pierre Abailard [1079 – 1142]), chamado "Peripateticus palatinus", nasceu em Le Pallet, no condado de Nantes. A referência de Lacan possivelmente tenha sido extraída da Logica ingredientibus que contém glosas a Porfírio. – La logique m’a fait envieux du monde. Abelardo também é conhecido por seus amores por Eloisa.
70.  Ver nota 65.
71.  No texto francês aparece dessein = desígnio; intento, projeto, intenção; deliberação, resolução.
72.   O que Lacan chama de capítulo II refere-se, muito possivelmente, ao texto conhecido como Proslógio, escrito como resultado da insatisfação de Anselmo de Cantuária para com seu primeiro texto conhecido como Monológio. A expressão “argumento ontológico” foi, na verdade, cunhado por Kant, aposteriori.
73.  No texto francês aparece dessein.
74.  Referência ao post-scriptum (assinado por Jean Laplanche) ao trabalho apresentado por Jean Laplanche e Serge Leclaire – L’inconscient: un étude psychanalytique – ao VIº Colóquio de Bonneval. Ver o 2º § do Post-scriptum, pg. 95 da Ed. Dirigida por Henri Ey: L’Inconscient, Paris, Desclée de Brouwer, 1966.
75.  A referência é a intervenção de Lacan, neste Colóquio, na discussão do trabalho do Dr. Conrad Stein, Langage et inconscient. Sobre esta intervenção Henri Ey escreveu em nota de rodapé: “Este texto resume as intervenções de J. Lacan, intervenções que constituíram por sua importância o próprio eixo de todas as discussões.