08 de setembro de 2007:
Li e reli. Gostei do teu entusiasmo e de
tua leitura sensível e aguda das mazelas de Beckett. Gostei principalmente
da capacidade local em encenar, da madura encenação dos nossos
artistas (isto é ótimo!!!), embora decididamente não
goste de Beckett nem dos exercícios esquizofrenicos que faz para sublinhar
algumas coisas. Vejo somente pulsões de morte, e não lido bem
com isto. Penso que seja até fácil dizer as coisas deste
modo, a inclinação está ai, basta pegar. Casualmente
ontem estava na TV vendo um outro genial (admito que Beckett também
é) agente de expressão, Chaplin, (se ainda aprecias) exercendo
seus talentos de non-sense de maneira extremamente oposta. Tem dor
aí, na palhaçada, tem crítica, tem ironia e lamentos...Mas
ele fala através de coisas de vida e muito vivas, por sinal. Isto
é muito raro! Sorry. abs.
Ivone Coelho de Souza